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domingo, 2 de agosto de 2009

Treino contra o cansaço no Japão

Em busca de mais uma competição continental, o Inter atravessou o mundo em uma viagem que começou na sexta-feira em Porto Alegre e terminou somente no domingo, e Oita, no Japão, depois de escalas em São Paulo, Nova York e Tóquio. O Inter literalmente saltou continentes e estações. Saiu da América do Sul e do rigoroso inverno gaúcho para desembarcar na Ásia e no calor do verão japonês.


















Fábio Mahseredjian (D) conversa com o grupo de jogadores

Durante a viagem, a comissão técnica colorada estabeleceu um plano para minimizar os efeitos das 12 horas de diferença de fuso entre Porto Alegre e Oita. No primeiro trecho entre São Paulo e Nova York, a ordem era dormir. Já na etapa mais longa entre a cidade norte-americana e Tóquio, os jogadores deveriam dormir o menos possível. “Fizemos um plano para que eles não entrassem no fuso japonês. É certo que o ideal era um dia para cada hora diferente de fuso, mas como não temos esse tempo todo, fizemos adaptações”, explicou o preparador físico, Fábio Mahseredjian.

Fábio, por sinal, foi quem mais se sacrificou nas quase 13 horas de viagem entre Nova York e Tóquio. Ficou o tempo todo acordado vigiando o sono dos atletas. Deixava, no máximo, um cochilo, mas em seguida ia lá acordar e orientar uma caminhada nos corredores do avião.

Ao chegar a Oita, o grupo mal desembarcou no hotel e já partiu para um treinamento em uma academia da cidade. Lá houve exercícios de musculação e alongamento, além de corridas e trabalhos em esteiras ergométricas. Os organizadores japoneses pediram que os jogadores limpassem bem os tênis antes de entrar na academia, como parte do ritual no recinto. É bom lembrar que em alguns templos asiáticos não é permitida a entrada de pés calçados. Todos devem retirar os sapatos antes de entrar.
















Jogadores se exercitam na academia em Oita, no Japão

No corredor de acesso à academia de musculação, um cartaz promocional da decisão de quarta-feira mostrava os escudos dos dois times, além de informações no alfabeto japonês. Um grupo de cinco jornalistas japoneses esteve no local em busca de informações e entrevistas. Como os jornalistas não falavam inglês, um tradutor que acompanha a delegação do Inter ajudou o entendimento entre entrevistados e entrevistadores.

Os jogadores retornaram ao hotel depois do treino, jantaram e finalmente puderam dormir depois da maratona de viagem que culminou com o treinamento. Tudo para o grupo estar preparado para a decisão da Copa Suruga, na próxima quarta-feira, diante do Oita Trinita.

A competição oficial da Conmebol e da Liga Japonesa envolve o campeão da Copa Sul-Americana (Inter) e o campeão da Copa do Japão (Oita). O Inter é o único clube brasileiro a ter vencido a Copa Sul-Americana até hoje.

Assédio da torcida

Na chegada a Oita, o Inter foi recebido por torcedores filhos de brasileiros, além de japoneses que gostam do clube gaúcho. Os japoneses ainda foram até o hotel do Inter em busca de autógrafos e fotos. Por falar nisso, um senhor japonês presente mostrou com orgulho fotos que havia tirado com a equipe colorada em 2006, em Yokohama, quando o Inter conquistou o seu mais importante título até hoje: o Mundial Interclubes FIFA diante do Barcelona. O torcedor exibiu fotos com Clemer, Adriano Gabiru, Fernandão, entre outros heróis da maior vitória do futebol gaúcho em todos os tempos.

Treinos às 19h30min

O Inter irá repetir o horário nos treinos de segunda e terça, às 19h30min (horário do Japão), mesmo horário da grande decisão de quarta-feira. Os dois treinos serão com bola.














Lateral Marcelo Cordeiro no Ônibus que levou a delegação até o treino no Estádio 'Big Eye'

Liga Japonesa x reconhecimento do gramado

Um representante da Liga Japonesa tentou demover o Inter de fazer o treino de reconhecimento no gramado do estádio de Oita, uma das sedes da Copa do Mundo de 2002, alegando que iria estragar a grama. O diretor executivo, Newton Drummond, porém, exigiu que o time pudesse fazer o treinamento no local da partida. “Queremos igualdade. O Oita conhece o gramado, temos direito de conhecer também”, disse o dirigente, lembrando que a Conmebol exige que os times visitantes realizem este treino de reconhecimento em todas as suas competições.

A Copa do Mundo e o Inter

No hotel onde o Inter está concentrado, a Itália ficou também durante o Mundial de 2002. Como lembrança da passagem dos italianos por ali, o hotel criou uma ala com fotos dos jogadores da Azzurra e informações curiosas como o número dos quartos que cada atleta utilizou na época.


Material para a imprensa

O Inter distribuiu material de divulgação dos jogadores e da comissão técnica em inglês para os jornalistas. Além disso, vai distribuir folders com a história do clube em japonês e inglês.

17 jogadores

Os 17 jogadores que disputaram a final da Copa Suruga já estão numerados. Confira: Clemer (1), Michel Alves (12), Índio (3), Sorondo (13), Danny Morais (11), Danilo (10), Bolívar (2), Kleber (6), Marcelo Cordeiro (15),Glaydson (14), Guiñazu (5), Sandro (8), Andrezinho (17), Giuliano (16), Alecsandro (18), Bolaños (9) e Taison (7). O zagueiro Álvaro seria o número 4, mas foi cortado da delegação por uma lesão.

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